segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

                                                "Be Happy" em  2013

Ola a todos(as) que seguem este blog.
Espero que tenham tido um bom natal e que o ano 2013 esteje a ter umas boas entradas.
O meu início de ano, esta a ser marcado pela procura de um trabalho remunerado para estabilizar um pouco a minha vida, de actualização dos meus conhecimentos académicos afim de poder concorrer a certas ofertas de trabalho, a definir estratégias e rumos para sair do desemprego, de maneira que não tenho andando atento aos blogs da internet que eu sigo.

Para desanuviar acerca das notícias que so falam  em crise, aumento de impostos, capitalização de bancos, etc, partilho convocês este pequeno cartoon que é uma pequena ajuda para enfrentar o ano dificil que entrou.
Um abraço fechado a todos(as).




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

                             Consumismo vs espírito natalício





Ola a todos(as).
Com a chegada da quadra natalícia, assistimos a grandes ondas: a da solidariedade com as pessoas que não nos lembramos durante o ano; do consumismo exagerante que leva me muitas vezes a questionar o quanto as pessoas queixam-se da crise, a onda de doces natalícios que encontramos em qualquer esquina e que nos levam a uns quilinhos a mais.

Como venho de uma família tradicional, o natal sempre foi a reunião da família. Recordo-me dos natais na terra dos meus avós, á lareira, as mulheres da famílias a volta dos doces e da comida, dos coscorões acabados de sair da frigideira e que surripava da travessa, do bacalhau cozido no forno a lenha da minha avó, da espera pela meia-noite pela abertura das prendas,e ainda anos mais tarde, quando vestia de pai natal e dava os brinquedos aos meus primos mais novos.
Com o tempo resumi a oferta de prendas aos familiares mais chegados, preferindo o convívio com a família e julgo que é esse o verdadeiro espírito do natal.
Todos os anos, o meu grupo de amigos decide organizar a noite de réveillon em que passamos essa noite todos juntos, a confraternizar e no final existe uma troca de prendas de um valor simbólico.

Hoje assiste-se a um consumismo desenfreado nesta época natalícia que me deixa verdadeiramente espantado. As empresas investem em força no marketing, chegando ao ponto de uma pessoa enjoar de ver tantos spots publicitário de brinquedos para crianças.
Um colaborador de um hipermercado da minha cidade, contou-me que nos dias 3 e 4 de Novembro em que se fez a promoção de desconto de 50% em cartão, só nesses dois dias facturaram €200.000,00.
Por isso, não é muito difícil prever que este mês que as pessoas gastem quantias exorbitantes em prendas.

Entendo que no caso das crianças, e como nós já o fomos, é normal que se ofereça prendas. Mas, impressiona-me o dinheiro gasto em prendas, doces natalícios, mas não se é capaz de matar a fome a alguém que ande a "mendigar" algo que comer.
Exemplo disto assisti a semana passada numa pastelaria, a uma senhora muito bem vestida e maquilhada(chame-mo-lhe bomboca), gastar uma boa quantia em vários doces(e caros) doces natalícios. A mulher tira da carteira uma nota de €50,00 e arrecadou o devido troco. Cá fora estava uma mulher desempregada na casa dos 50 anos(que por acaso conheço-a), a pedir dinheiro e a bomboca recusou dar dinheiro justificando-se "isto está mau.tenha paciência".
Pessoas que compram bolo-rei a €15,00/kg, coscorões a €11,00/kg, filhoses a €12,00/kg, não têm uma moeda para dar a uma pessoa que pede para comer, e ainda dizem para ter paciência!?
Ou estou habituado a ajudar a minha mãe nos doces e não os compro em pastelarias, ou os preços que referi atrás e que estavam expostos na vitrina são um autêntico roubo, e isso sim, estamos perante o fim do mundo.(lol)

Resta-me desejar a todo vocês, os votos de um bom natal e uma boa missa do galo(para quem é praticante católico).
Abraço fechado =)
 








segunda-feira, 19 de novembro de 2012

                                Greve, violência e mais cortes

Olá a todos(as).
Aqui estou de volta para analisar os últimos acontecimentos políticos.
Acerca da greve geral da passada semana, e tendo em conta a análise, pode-se dizer que houve uma grande afirmação de repúdio pelas medidas de austoridade que se tem vindo a sentir.
Como não podia deixar de ser surgiram notícias nos meios de comunicação a desvalorizar a greve geral, aonde se fizeram reportagens aonde a consciência política não é tão influente como o caso de Bragança e da Madeira.
Ao ver este tipo reportagens, um cidadão comum não deve deixar de sentir nojo com a lavagem cerebral que a grande comunicação social quer fazer.

Relativamente aos incidentes que se passaram nas escadas do parlamento, surge analisar de vários campos.
Porque razão a polícia aguentou 2 horas devido a actos de pessoas criminosas?
(porque estas pessoas não mereçem ser chamadas de outras coisa.)
A carga policial foi excessiva, até porque com os polícias á civil que sabiam quem era os criminosos, podiam muito bem  passar a informação á polícia de choque, de quem eles podiam carregar sobre os criminosos.
De acordo com vários advogados dos detidos, e de advogados da respectiva ordem, houve iligalidades que não se podem cometer num estado de direito. Se tivessemos um Presidente da República ou um Primeiro-Ministro democráticos, o Ministro da Administração Interna teria sido posto fora do poleiro.
Creio que em próximas manfestações, os cidadãos que se manifestem pacificamente devem fugir de confusões afim de evitar carga policial.


Relativamente ás alterações do OE 2013, surgiram nos últimos dias as seguintes propostas:
-  "Fasquia de referência da isenção de IRS, que era de 5,12, euros passa para 4,27 euros...vales e tickets de refeição o limite mantém-se nos 6,83 euros"
 Tendo em conta que o subsídio de refeição e os vales são uma pequena ajuda para balançar o vencimento mensal, esta é mais um corte no vencimento.
 O trabalhador recebe o subsídio de refeição em dinheiro e caso esta proposta seja aprovada, estaremos perante os seguintes hipóteses:
 1ª Hipótese:
Um trabalhador que receba este valor, o subsídio a receber descontado o valor da Segurança Social passará €4.56, e a este valor terá que ser retirado o valor de IRS conforme a situação fiscal do trabalhador.
No final do mês, o trabalhador irá perder no mínimo €12,32 mensais(0,56x22), o que perfaz €147,84 anuais.
O Governo rouba €147,84.
2ª Hipótese:
A entidade patronal decide atenuar a perda de vencimento do trabalhador, e evitando que o Estado não arrecade o imposto.
O trabalhador recebe €5,12 e passará a receber €4,25 ficando assim isento de IRS e Segurança social.
No final do mês, o trabalhor perde €19,14(0,87x22), o que perfaz €229,68.
A Empresa poupa €229,68 anuais por cada trabalhador.
3ª Hipótese:
A empresa deixa de pagar o subsídio de refeição em dinheiro e passa a pagar em vales/tickets.
O trabalhador deixa de receber €5,12/dia e passa a receber €6,83, no final do mês ganha €37,62 mensal, o que perfaz €451,44 anuais.

Tendo em conta o panorama económico para 2013, não é muito difícil prever que será o trabalhador o mais prejudicado.
Na minha opinião, a 2º hipótese será a mais usada, porque esse dinheiro fica na empresa, podendo inclusive optar por começar a pagar o subsídio em dinheiro do que em vales/tickets, e assim o trabalhador irá ainda perder mais dinheiro.

- "O Governo aceitou recuar na sobretaxa, que passa de 4% para 3,5%"
Quanto a isto, o ministro das Finanças considerou hoje que a redução de 4% para 3,5% da sobretaxa em sede de IRS prevista no orçamento é um "resultado favorável que é muito bem-vindo".
De acordo com um estudo da Delloite, ficam isentos de pagar esta taxa os solteiros com rendimento bruto mensal de €778,00, casado 1 titular com rendimento bruto mensal de €1.262,86 e casado 2 titulares com rendimento bruto mensal de €1.556,00.
Estes rendimentos representam um pequena parte da população activa do país, o que não é muito difícil de prever que os portugueses acham "muito bem vindo" um novo imposto que os vais deixar ainda mais pobre.
Um facto curioso é uam certa comunicação social fazer ferência que afinal os portugueses não vão pagar 4% mas sim 3,5%. Dão enfâse nesta notícia como se houvesse um recuo do governo e o contribuintes fica a ganhar.

- O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) vai poder ser pago em três prestações quando o valor a pagar ultrapasse os 500 euros.
Se esta proposta vier a ser aprovada, os contribuintes com IMI a pagar inferior a 250 euros terão de efetuar o pagamento numa única prestação, em abril, tal como acontece atualmente. Se o valor a pagar for superior a 250 euros, mas inferior a 500 euros, terão de efetuar o pagamento em duas prestações, em abril e novembro. E se o imposto for superior a 500 euros terão de o pagar em três prestações, abril, julho e novembro.
Até aqui tudo bem,  mas é importante relembrar que numa altura em que se sabe que o IMI a pagar em 2013, relativo aos imóveis detidos em 2012 deverá sofrer um aumento significativo em resultado da reavaliação geral de imóveis que está a decorrer e que levará a um aumento do valor patrimonial desses imóveis, de que vale a pena quererem dividir as prestações com o falso pretexto de facilitar o pagamento, se os portugueses vão pagar mais de IMI?
Mais uma vez, vi na comunicação social isto como uma boa proposta, na medida em que isto vai facilitar o pagamento do imposto. Em relação a certos comentadores televisivos e acertos jornais, começo a sentir nojo ao ouvir e a ler este tipo de notícias, com o objectivo de tapar os olhos ás pessoas.

Em resposta ás alterações propostas ao OE 2013, o Primeiro-Ministro referiu "não seria possível mexer muito mais no OE sem que a troika autoriza-se".
Este tipo de afirmações, mostra bem o seu desprezo pela situação que os portugueses vivem e que para o ano irá piorar, bem como, da vassalagem mostrada á Merkel.
A este tipo de reacções, a úncia resposta que os portugueses devem dar é a luta.
Abraços fechados a todos.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Enfermeiro despede-se de Cavaco Silva antes de emigrar e implora para não criar “imposto” às lágrimas e saudade

Enfermeiro despede-se de Cavaco Silva antes de emigrar e implora para não criar “imposto” às lágrimas e saudade - Política - PUBLICO.PT


É triste constatar que o Estado gaste anualmente milhares de euros, bem como as propinas pagas pelos estudantes, na formação destes profissionais, para depois depararmos com notícias destas.

É sabido que quando concorre-se ao curso de enfermagem, que em termos de colocação o mercado de trabalho não está nada fácil, mas também é verdade que há bastantes anos que o sindicato dos enfermeiros vem alertando para a  falta destes profissionais nos serviços públicos, mas nada se tem feito para colmatar estas insuficiências(ao contrário dos médicos), quer regularizar a situação de centenas de enfermeiros em situação de precariedade laboral.
À poucos dias, os sindicatos dos médicos chegaram a um acordo com o governo, e digam o que disserem, a classe médica saiu-se muito bem, porque continua a ter um forte "lobby" no país, e não é tão massacrada como outras classes profissionais ao serviço do Estado.

Durante os próximos anos continuarão a sair mais enfermeiros das escolas, os cortes orçamentais na saúde serão mais acentuados, os grupos privados de saúde irão dispensar mais funcionários, o que levará a uma maior massificação de enfermeiros desempregados.
Uma das soluções que estes profissionais irão encontrar é a emigração.

A massificação de enfermeiros para o estrangeiro que Portugal irá assistir, não se deve exclusivamente a um problema interno, mas sim de políticas erradas dos países que agora procuram estes profissionais.
Durante décadas vários países europeus embalados pelo crescimento económico, decidiram apostar em cursos superiores nesta área em detrimento dos cursos de saúde. Com o envelhecimento da população, e consequentemente maior procura de cuidados de saúde, este países sentem falta de mão-de-obra especializada, o que leva a que os jovens portugueses, como estes da notícia, deixarem tudo para trás e recomeçar uma nova vida num país que os saiba acolher e que lhe dêem o devido valor.

Abraço a todos os leitores deste blog.











segunda-feira, 8 de outubro de 2012



"Oh minha terra
minha aventura
casca de noz
desamparada.
Oh minha terra
minha lonjura
por mim perdida
por mim achada."
(Simone de Oliveira - Desfolhada)

Deixo-vos mais uma canção que é um marco na nossa história.
Como se sabe, numa época aonde a censura era bastante activa, esta música escrita pelo "génio" José Carlos Ary dos Santos e a garra da "Simone de Oliveira" foi um safanão numa sociedade de falsos moralismos, onde a pobreza, uma guerra colonial desvastadora, deram o início de um " vento de mudança" que resultaria no 25 de Abril de 1974.

Como previa, a alternativa á subida da TSU foi resolvida com mais subida de impostos seguido de um discurso de ministro das finanças em que valoriza o povo pelo "apertão de cinto" que tem feito.
Já não há pachorra para os discursos daquele homem, nem de qualquer membro do governo, e até mesmo para alguns discursos de comentadores da nossa praça, que hoje sabem muito bem avaliar a situação do país e as medidas de austeridade, mas que há poucos anos atrás desta crise começar não se ralavam com os gastos do estado, nem com a corrupção há muito instalada.

Esta sexta-feira passada ficamos a saber por uma reportagem da RTP, de mais um escândalo aonde o dinheiro daqueles que a quem o poder político-financeiro manda apertar o cinto, é gasto em pagamentos a assessores político, dos custos do parlamento, da presidência da república, etc.

Apesar de esta canção ter sido escrita em 1969, e ter algumas indirectas ao regime facista, ao ouvir a desfolhada não pode deixar associar o excerto transcrito ao estado actual do nosso país. Não é mais do que uma "casca de noz desamparada" ao sabor dos ventos da troika, de uma classe política incapaz de ter sentimentos pela pobreza e miséria que vem atingido cada vez mais portugueses, onde o que interessa é ceder aos interesses de um sistema capitalistas, cujo o sector financeiro é o único responsável pelos sacrifícios que o nosso povo está a fazer.

Abraço a todos os meus seguidores.

terça-feira, 2 de outubro de 2012




                                                   "É a hora!"



Por motivos profissionais não tem sido possível dado a atenção a este blog, mas isso não quer dizer que tenha abstraído da essência que este blog foi criado.

Um sistema capitalista que se encontra soterrado na própria crise que criou, e que para saír deste cenário continua a pedir sacrifícios a quem menos pode, os sacrificados começam a afirmação a sua revolta e repúdio pelos parasitas que nos governam(caso dos gregos e espanhóis).

Se por um lado, foi preciso o país chegar a esta situação para que os portugueses acordassem a chama cívica-política que estava apagada e "serena", por outro lado, continuo a achar que ainda falta muito para que o nosso povo, bem como o europeu, acordem de vez e digam "não" a esta resignação que este sistema capitalista nos quer impingir.

Com a subida da TSU derrota nas ruas, começa a discussão do Orçamento de Estado para 2013, que será marcado por mais medidas de austeridade que vão ser impostas, que trarão mais miséria, mais desespero e que o resultado nas contas públicas não será o esperado.
Sempre fui uma pessoa de consicência cívica e política bastante activa, e o meu local de trabalho é um bom observatório de como a crise bateu fundo, ver como as pessoas geram o salário e vão sobrevivendo um dia de cada vez.

Se 2012 esta a ser um ano muito mau, o ano de 2013 será ainda muito mais. Continuamos rodeados por políticos que continuam a não mexer na verdadeira essência da despesa pública e do déficit, preferindo ir pelo caminho mais fácil com discursos demagogos que já ninguém acredita.

Apesar de não gostar muito de Fernando Pessoa(apesar de reconhecer o seu génio), nunca este seu poema me pareceu tão actual ao reflectir o estado do nosso país.

Não é D. Sebastião que irá salvar o país, mas quero acreditar que "É a hora" em que o nosso povo irá dizer basta, e que através da luta consiga criar uma alternativa a esta situação em que vivemos.
Abraço fechado a todos(as) que lêem este blog.

quarta-feira, 4 de julho de 2012






Hoje comemoro 30 anos de existência.
Este ano excepcionalmente não irei fazer festa de aniversário, não porque tenha problemas com a idade, mas porque ao fim de 6 meses de intensa luta à procura de trabalho, consegui um contrato de trabalho até ao final do ano.
Apesar deste trabalho ter horários rotativos, o que me irá trocar os sonos, vou agarrar esta oportunidade até porque pode ser desta vez que me dêem o devido mérito.
Abraço fechado para todos(as).